terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Impressionismo

Impressionismo (c. 1865) 

O termo “impressionisme” é pela primeira vez impresso no periódico "le Charivari" de 25 de Abril de 1874 pelo critico de arte Louis Leroy, tendo como pretexto uma paisagem de Claude Monet intitulada Impression, soleíl levant para aí qualificar de Exposítion des impressionnistes a pintura exposta no estúdio de Nadar.




Todos estes artistas se indignaram, alguns anos antes, quando da recusa da obra de Edouard Manet enviada ao Salon de 1863, a emoção foi tão grande nos meios artísticos que Napoleão III autoriza a constituição de um Salon des Refusés. O Déjeuner sur l’herbe suscita um vivo entusiasmo nos jovens pintores, que encontram em Manet, algumas das suas preocupações estéticas, fazendo dele o seu mentor.




O Salon de 1866 acolhe alguns destes pintores, Degas, Berthe Morisot, Sisley, Monet, Pissarro; mas Manet, Cézanne e Renoir são recusados, o que dá ocasião a Emile Zola de escrever uma diatribe que o tornará no defensor publico destes novos artistas.

A segunda exposição do grupo efectua-se em 1876 (Cézanne não participa).

A sétima exposição: "Septième Exposition des artistes indépendants" prefigura o "Salon des Indépendants", que será fundado dois anos depois em 1884.
Entre 1874 e 1896 realizam oito exposições colectivas, formando a mais importante corrente de contestação ao Academismo.

Escolhem temas do quotidiano e fazem uma pintura de plein air, (contrariamente á pintura temática e de estúdio), interessam-se pelos efeitos e cambiantes da luz, apoiando-se na teoria da cor de Chevreul, aplicam as tintas em pequenas pinceladas de cores saturadas, geralmente claras, que reforçam os contrastes das cores, intensificando o contraste simultâneo e das complementares, obtendo assim uma superfície pictórica vibrante de cor e de luz.

O Impressionismo é uma forma de Arte que tem por objecto a evocação directa das impressões, fugidias ou duráveis, experimentadas pelo artista. A pintura impressionista distinge-se pelo gosto das cores e pelo amor da luz.


O que une os artistas é essencialmente a sua vontade de romperem com a arte oficial, porque a doutrina segundo a qual as cores devem ser aplicadas saturadas sobre a tela em vez de misturadas na paleta, só será aplicada por alguns e durante um pequeno numero de anos. Em verdade, o Impressionismo é mais um estado de espirito do que uma técnica.

Degas e Cézanne nunca foram Impressionistas no sentido estrito do termo, e Manet, apesar de ligado a eles nunca participou nas suas exposições.
Impressionar (dic.): imprimir, sensibilizar, afectar, emocionar marcar, comover, tocar, perturbar.
Influências:

Eugène Delacroix, “o desenho e a cor são inseparáveis”.

William Turner, “a observação da natureza é a primeira lei da pintura”.

A corrente do Naturalismo denominada "Escola do Barbizon".

Naturalismo/Realismo

Naturalismo (1835-1870)

O Naturalismo foi uma tendência artística prevalecente em toda a Europa, na segunda metade do século XIX.


O Naturalismo pretende imitar a Natureza com exactidão, opondo-se ao idealismo e ao simbolismo.

Os pintores foram-se interessando cada vez mais pela representação da vida quotidiana e dos seus acontecimentos.
Esta escola procura a inspiração na observação directa da Natureza, que é pintada no local, e com toda a autenticidade. A sua temática é portanto determinada pela pintura ao ar livre (plein air): a paisagem, cenas da vida e do trabalho no campo. A pintura é executada no local e observando directamente o motivo a representar, bem como a luz e a cor local.

A “Escola do Barbizon”, dá inicio a uma pintura que abandona as formas tradicionais de pintar, a pintura de Atelier.

Algumas pinturas naturalistas:

Théodore Rousseau


Oak floresta de Fontainebleau (1855)


Camille Corot

 
Dança das Ninfas (1850)



A Ponte de Nantes (1868-1870)


Charles Daubigny



Boote auf der Oise (1865)
Barcos no departamento de Oise (1865)


Romantismo

Romantismo (c. 1789 - c.1850)

O Principal tema da pintura do Romantismo é a Natureza, que se exprime pela Paisagem.


É através da paisagem que os artistas transmitem os seus estados de espírito e as suas emoções (as “forças da Natureza” representam as emoções e paixões humanas), objectivo fundamental do Romantismo, o primado do indivíduo (o "eu" do individuo).

É uma natureza dotada de sentimentos em que o dramatismo pode atingir grande intensidade.

Paisagens rurais ou marítimas, tornam-se os temas centrais da pintura ou servem ainda de enquadramento a cenas figuradas estabelecendo um ambiente nostálgico ou dramático entre personagens e fundo paisagístico.

O ambiente dramático é dado geralmente pela representação das forças da natureza sob a qual, o homem, irremediavelmente está á mercê.

O ambiente nostálgico e sonhador é muitas vezes marcado pela representação de ruínas no meio de uma natureza luxuriante que se revela indiferente ao destino dos homens.
Temáticas da Pintura Romântica:

A Natureza, quer assumida como tema, a Paisagem, quer como cenário cúmplice do desenrolar do drama humano. A Pintura Histórica, exaltação do passado histórico numa dimensão nacionalista e ética evocando acontecimentos e personagens exemplares. Esta arte ilustra acontecimentos históricos ou lendários de um modo propositadamente grandioso e nobre (por oposição aos exemplos da antiguidade greco-romana). A Pintura fantástica, temáticas ligadas ao exótico, ao onírico e àquilo que se afasta da razão e da norma. O Retrato, como expressão de uma humanidade particularizada e de uma individualidade com caracterização própria.
Características formais:

A composição em pirâmide dinamizada por linhas oblíquas gerando ritmos e sugerindo movimento. Pinceladas largas e sinuosas, acentuando o dinamismo da composição. Contrastes fortes de claro-escuro e de cor. Utilização das virtudes expressivas da cor por oposição ao desenho frio e calculado do Classicismo.

Algumas pinturas romanticas:

Théodore Géricault

A Jangada do Medusa, 1819 (manifesto do Romantismo).

Inspirada numa notícia de jornal sobre o naufrágio de um navio mercante francês - o Medusa -, nas costas de África, a obra relata-nos, de forma trágica, emocional e um tanto artificial, a agonia e o desespero dos náufragos perdidos no mar imenso.
 A composição organiza-se em torno de duas perâmindes descentradas, formadas pelas linhas da jangada e pela postura dos náufragos sobre ela.


Eugène Delacroix


A Liberdade guiando o Povo (1830)

William Turner


Ulisses zombando de Polyphemus ( Odisseia de Omero)




Pescadores e o mar

Neoclassicismo

Neoclassicismo sec. XVIII

Movimento cultural do fim do século XVIII, o Neoclassicismo está identificado com a retomada da cultura clássica por parte da Europa Ocidental em reação ao estilo Barroco.

As principais características do neoclassicismo são:
  • Academicismo: nos temas e técnicas, isto é, sujeição aos modelos e regras ensinadas nas escolas ou academias;
  • Harmonia do colorido nas pinturas e exatidão de contornos;
  • Restauração da arte greco-romana;
  • Arte entendida como imitação da natureza, num verdadeiro culto à teoria de Aristóteles.

Pintura do neoclassicismo

A pintura do neoclassicismo desenvolve-se durante o final do século XVIII a partir de França, como reacção aos excessos do barroco e do rococó, no contexto cultural do Iluminismo e da influência da Antiguidade Clássica, impulsionada pelas escavações das cidades da Roma Antiga, Pompeia e Herculano.

Desaparecem quase por completo as cenas religiosas para dar lugar ao gosto pelo historicismo (principalmente da Roma Antiga), temas do quotidiano e ainda mitológicos.

Os artistas neoclássicos vão basear-se na sua estética renascentista, mas vão atribuir-lhe um novo significado e um novo conteúdo, vão usá-la como invólucro da mensagem contemporânea da nova visão do mundo e da sociedade.
Características formais:

A pintura neoclássica é uma pintura descritiva de forte realismo, onde o traço linear assume maior importância que a aplicação da cor (ao contrário da expressividade pictórica do Romantismo). As cenas vivem da composição formal, são harmoniosas, os elementos possuem contornos bem definidos e são dispostos em planos ortogonais equilibrados. De um modo geral as figuras assumem uma postura rígida, onde a luz artificial direccionada (em foco) ajuda à criação de um ambiente teatral, resultando numa imagem sólida e monumental. Esta frieza, conseguida pelo artificialismo da composição, distancia o observador, tornando a pintura numa imagem simbólica.


Exemplos de Pinturas Neoclássicas.

O Juramento dos Horácios (1784) é uma obra do pintor francês Jacques-Louis David. Apesar de ter sido pintado cinco anos antes do começo da Revolução Francesa, ilustra os ideais artísticos do neoclassicismo.


Mostra três irmãos fazendo a saudação romana, no qual juram que lutarão pela República Romana, embora a sua decisão traga sofrimento às suas famílias. A pintura simboliza o princípio segundo o qual o dever público, o sacrifício pessoal e o patriotismo são valores superiores à própria segurança.


                              A Banhista de Valpinçon



Pintura a óleo sobre tela,  executada em 1808 por Jean Auguste Dominique Ingres.
 A Harmonia do colorido e a exatidão de Contornos presentes na Pintura fazem-na encaixar-se Perfeitamente com uma Obra-de-arte Neoclassicista.

Neoclassicismo em Portugal:


 Vieira Portuense, D. Filipa de Vilhena armando seus filhos cavaleiros (1801)
Bem neoclássica pela modelação dos corpos, pelas cores e pela composição.



sábado, 17 de outubro de 2009

William Blake


Blake's The Great Red Dragon and the Woman Clothed with Sun (1805) is one of a series of illustrations of Revelation 12.


Blake's The Lovers' Whirlwind illustrates Hell in Canto V of Dante's Inferno


Hecate, 1795. Blake's vision of Hecate, Greek goddess of black magic and the underworld


Oberon, Titania and Puck with Fairies Dancing (1786)

Joseph Mallord William Turner


Rain, Steam and Speed - The Great Western Railway painted (1844).



The shipwreck of the Minotaur, oil on canvas.


The fighting Temeraire tugged to her last berth to be broken up, painted 1839



Turner's 1813 watercolour, Ivy Bridge

Ingres - Princesse Albert de Broglie


Ingres - Roger Delivering Angelica


Jean Auguste Dominique Ingres - Romulus, der Sieger von Acron, trägt die reiche Beute in den Zeustempel


Friedrich, Caspar David - Wanderer Above the Sea of Fog (c. 1818) Oil on canvas